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Panfleto distribuído no RJ ensina como se comportar em tiroteios

2015-02-07 1 Dailymotion

Cruz Vermelha dá panfleto em favelas com dicas de como agir em tiroteios
Balas perdidas, que atingiram 4 pessoas em 6 dias no Rio, são citadas.
'Nunca pegue granadas ou balas abandonadas como 'brindes'', diz texto.

Moradores de comunidades do Rio estão recebendo orientação sobre como se comportar para se proteger em situações de perigo. Desenvolvido pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que atua em situações de guerra no mundo inteiro, o material aborda diversas situações que o morador dessas comunidades ficam suscetíveis no dia a dia. Balas perdidas, que atingiram pelo menos quatro pessoas desde sábado (17) – duas crianças morreram –, foram citadas no texto.

O presidente da filial do Rio da Cruz Vermelha, Luiz Alberto Sampaio, disse ao G1 nesta quinta-feira (22) que o trabalho é realizado atualmente em quatro comunidades com alto índice de violência: Maré, Parada de Lucas e Vigário Geral, no Subúrbio do Rio, e Vila Vintém, na Zona Oeste.

“Temos quatro núcleos de moradores voluntários. Eles fizeram cursos na Cruz Vermelha de noções de primeiros socorros, segurança, higiene e até noções de direito. Eles são multiplicadores de conhecimento nessas comunidades. Nosso objetivo é que os moradores se preservem. A gente minimiza o dano que eles possam sofrer”, garante Sampaio.

Cada núcleo possui cerca de 50 voluntários e, segundo a Cruz Vermelha, para expandir esse trabalho para outras regiões é necessário maior investimento e parceria, já que em cada uma das comunidades há uma sede para desenvolver o trabalho.

Balas perdidas
Entre as orientações difundidas no panfleto está como o morador deve se proteger durante tiroteios em áreas de risco. “Tentar correr para casa durante um tiroteio é pior. Fique esperto em casos de tiros disparados para o ar. Afinal, tudo que sobe, desce!”, diz o material.
Na noite desta quarta-feira (21), o menino Asafe Willian Costa Ibrahim, de 9 anos, morreu vítima de bala perdida na área de lazer do Sesi de Honório Gurgel, que fica no meio de comunidades como Chapadão, Pedreira e Palmeirinha.

Segundo Sampaio, o trabalho começou em sete comunidades, mas três delas (Cidade de Deus, Pavão-pavãozinho e Alemão) foram pacificadas e atualmente não estão mais inseridas no projeto. De acordo com o presidente da filial Rio, para expandir para outras regiões a Cruz Vermelha necessita de parcerias.

“Se a gente tiver mais apoio podemos desenvolver mais isso. Minorar o sofrimento humano é a nossa maior missão”, garante Sampaio, destacando que quem quiser ser voluntário dentro de uma das quatro comunidades que contam com o trabalho da Cruz Vermelha atualmente precisa ser morador, mas quem quiser ser voluntário para trabalhar em outras áreas do Rio pode se dirigir à Praça da Cruz Vermelha, número 10, no Centro do Rio, e procurar o setor de voluntariado. “Tem sempre um trabalho que as pessoas podem exercer para ajudar. A Cruz Vermelha é onde as pessoas podem exercitar o seu lado bom”, afirmou.
Veja dicas do panfleto distribuído nas comunidades:

http://jaribeiroo07.blogspot.com.br/