"Quando uma mulher não quer mudar..."
Há mulheres que vestem a dor como quem veste elegância — orgulhosas das feridas que se recusam a curar. Não mudam, porque acreditam ser perfeitas, mesmo colecionando corações partidos pelo caminho. Carregam suas verdades como escudos, sem notar que o mundo ao redor não é feito de inimigos, mas de espelhos que tentam mostrar o que evitam ver.
Ela não vê sentido em crescer, rever atitudes, confrontar sombras. Prefere alguém que tolere — não que ame, mas que aguente — seus desequilíbrios. Como se amar fosse suportar, não somar.
Vai de relação em relação, querendo provar que o problema nunca foi dela. Que o outro foi impaciente, fraco, insensível. Mas, no fundo, ela não busca compreensão — quer aceitação cega. Quer permanecer onde está e ser aplaudida por isso.
Quando o novo amor começa a ruir, ela repete a cena: vítima da frieza, da injustiça. Mais uma história igual. Mais uma alma que ela não soube tocar.
Por isso, não pense que foi pouco. Nem que seu amor falhou. A verdade? Você foi demais para alguém que não estava pronta nem para si. Você ofereceu profundidade a quem só sabia nadar na superfície.
Amar também é saber a hora de ir — não por fraqueza, mas por amor-próprio.