Um vídeo divulgado pela Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (26) revelou cenas chocantes do homicídio de Jackson Luis Ferreira de Quadros, de 30 anos, ocorrido na noite de domingo (25), na rua Cel. Cláudio, em Ponta Grossa, região dos Campos Gerais do Paraná. O autor do crime é um adolescente de 17 anos, que já foi apreendido.
As imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que o jovem ataca Jackson com várias facadas. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A brutalidade do crime gerou forte comoção entre os moradores da região.
Além do adolescente, uma mulher de 24 anos, que aparece nas imagens e teria participação direta no ataque, também foi presa. Segundo a Polícia Civil, o mesmo adolescente é suspeito de ter cometido outro atentado na mesma noite e rua, contra Moisés Bonete, de 38 anos, que foi esfaqueado, socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao hospital — ele sobreviveu.
Crimes em sequência e prisão rápida
Os dois crimes aconteceram com poucos minutos de diferença. O primeiro ataque foi contra Moisés, e logo depois, na mesma região, o adolescente e a mulher teriam cercado Jackson e o golpeado mais de 10 vezes.
Com a ajuda das imagens de segurança, os dois suspeitos foram identificados rapidamente e localizados ainda na manhã desta segunda-feira. A mulher foi presa, e o adolescente, apreendido. A Polícia Civil segue investigando a motivação dos ataques e apura se há outros envolvidos.
Defesa contesta versão da polícia
O advogado Helian Kosloski dos Santos, que representa os dois detidos, divulgou nota à imprensa contestando a narrativa policial. Segundo ele, os fatos apresentados pelas autoridades "não condizem com a realidade" e a defesa ainda não teve acesso completo ao Inquérito Policial, motivo pelo qual evita comentar o mérito das acusações neste momento.
Kosloski afirma que ambos os clientes serão submetidos a audiência de custódia ainda hoje (26) e espera que a liberdade provisória seja concedida, alegando ausência de fundamentos para a prisão preventiva.
“Esta defesa esclarece que novos elementos serão devidamente pontuados no momento em que receber acesso à íntegra do Inquérito Policial”, diz trecho da nota assinada pelo advogado.
Investigação segue
A Polícia Civil não comentou as alegações da defesa. O caso continua em investigação para apurar todas as circunstâncias do crime, incluindo a real motivação e possível envolvimento de outras pessoas nos dois ataques ocorridos na rua Cel. Cláudio.
