Apesar de o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ter se negado a responder perguntas dos senadores sobre o uso da cloroquina na CPI da Covid, ele alertou para os perigos do uso do medicamento quando era presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Em entrevista ao jornal O Globo, ainda em março do ano passado, Queiroga se manifestou sobre o assunto e disse que a droga “aumenta muito o risco de taquicardias ventriculares”.
Ele disse:
“Por não dispor de tratamento antiviral específico até o momento, a comunidade científica tem corrido para pesquisar drogas com potencial de mudar a história natural da doença. Tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina têm efeito direto na replicação do Sars-Cov-2 em estudos experimentais, reduzindo a eficiência da ligação do vírus com a ECA2 (enzima conversora de angiotensina-2) e aumentando o pH lisossômico, impedindo o processo de fusão vírus-célula. Embora os perfis de segurança da cloroquina/hidroxicloroquina e azitromicina sejam adequados para uso isolado em doenças crônicas, ambas as medicações têm efeito potencial de prolongar o intervalo QT (medida feita em um eletrocardiograma para avaliar algumas das propriedades elétricas do coração), o que aumenta muito o risco de taquicardias ventriculares (principalmente Torsades des Pointes), bradicardia e de morte súbita, especialmente em cenários de inflamação sistêmica causada pelas viroses respiratórias epidêmicas.”
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